Certamente um dos melhores filmes de horror do cinema, Suspiria é um convite para experimentar o medo com todos os artifícios possíveis, conduzido com uma maestria ímpar pelo ícone do cinema de horror Dario Argento. O italiano usa e abusa de luzes, sombras, gritos, sangue e música, para criar uma história envolvente e assustadora no sentido mais bruto da palavra.
Elementos considerados batidos é o grande tempero da produção. Bruxas, assassinatos misteriosos, todas essas coisas que estamos  habituados a ver.

O filme já começa da melhor maneira: batidas fortes anunciando que algo macabro está prestes a começar, logo depois, ainda durante os créditos, ele faz um breve resumo do que é a história: a garota americana Suzy Bannion (Jessica Harper) vai para uma escola de dança muito conceituada para estudar balet. A forma como começa o filme é como se alguém estivesse contando uma história e Argento com suas artimanhas seria o responsável por tornar essa história real. Tudo o que compõe uma cena de horror está ali, a escuridão, a chuva forte, os trovões e um rosto assustado.

Há uma plasticidade nas cenas onde utiliza os ícones clássicos do horror com uma preocupação marcadamente visual e estética.  Argento utiliza cores fortes e seus momentos mais assustadores acabam mais parecendo uma pintura.

Há vozes nos corredores escuros, há o visual barroco que compõe a estética do filme (e convenhamos , o visual barroco tem ares assustadores, apesar de belos), há sombras, há sons estranhos e até a extravagância das cores usadas causam um arrepio.

Suspiria (italia, 1977, legendado em portugês)